Funcionários reunidos à mesa são instruídos por gestor

Gestão de pessoas em pequenas empresas: os 6 erros mais comuns

Não há dúvidas de que a gestão de pessoas é uma atividade estratégica para o sucesso de qualquer negócio, independentemente de seu porte. Portanto, se você tem uma pequena empresa ou trabalha em uma, precisa estar atento à maneira como gerencia os recursos humanos, ou seja, sua equipe de colaboradores.

Neste post, vamos trazer os 6 erros mais comuns da gestão de pessoas em pequenas empresas para que você possa evitá-los, além de dicas de como resolvê-los. Confira!

1. O processo de seleção e recrutamento não é conduzido adequadamente

Esse é um erro comum pois, infelizmente, muitas pequenas companhias ainda não dão o devido valor ao processo de seleção e recrutamento. O perfil das vagas em aberto é desenvolvido de maneira pobre e superficial; os candidatos não são expostos a diferentes situações; a contratação é apressada e sem planejamento.

Nesse cenário, o empreendimento não consegue formar uma verdadeira “equipe dos sonhos”, com profissionais competentes e engajados. A consequência direta disso é o negócio ter dificuldade de atingir seu pleno potencial de resultados. E também é ruim para os próprios colaboradores, que acabam sendo contratados em um trabalho que não é ideal ao seu perfil profissional.

Para resolver esse problema, basta dedicar mais atenção ao processo de seleção e recrutamento. Aqui vão algumas dicas:

1.1. Criar um calendário para a contratação

Comece a se organizar o mais cedo possível, a fim de dedicar todo o tempo necessário à contratação. Mesmo que você esteja com a equipe desfalcada, respeite esse calendário e não pule etapas.

1.2. Preparar uma descrição do cargo e do perfil desejado

Essa descrição precisa ser bem completa. Pense nos valores da empresa, nas atribuições da função, nos conhecimentos e competências práticas que o funcionário contratado deverá apresentar, nas habilidades interpessoais que você preza em sua equipe.

1.3. Estabelecer algumas etapas diferentes no processo seletivo

Dessa forma, você poderá testar o candidato em diferentes níveis. Afinal, o currículo é apenas uma folha de papel. Embora seja um bom instrumento para filtrar candidatos, ele não pode ser sua principal ferramenta na seleção.

É possível realizar provas escritas, dinâmicas em grupo, entrevistas… Aliás, você pode repetir uma entrevista, se ainda estiver em dúvida! Não tente apressar a contratação, ou você pode acabar selecionando um candidato que não se enquadra no perfil da empresa.

2. Descrições de cargo excessivamente vagas

Nos pequenos negócios, esse é um problema muito comum. As descrições de cargo são vagas porque cada colaborador acaba fazendo um pouco de tudo. Não existe uma verdadeira divisão de atribuições e responsabilidades. Essa situação traz desvantagens para os dois lados.

Para o colaborador, é um atraso de vida. Como está fazendo de tudo um pouco, ele não se desenvolve a fundo em nenhuma função. Se ele precisar buscar outro emprego futuramente, vai estar em desvantagem em relação a outros profissionais que focaram sua carreira em uma área específica.

Para a empresa, é um obstáculo ao desenvolvimento, pois significa que a não há um planejamento estratégico da organização. Isso pode causar vários problemas práticos. Por exemplo: não saber identificar quem executou determinada ação, além de outras situações ainda mais graves, como não ter uma divisão de funções compatível com as habilidades de cada um.

3. A comunicação não é clara (ou não existe)

Nos pequenos negócios, é frequente não existir uma comunicação clara com os colaboradores em relação ao modo como as coisas devem ser feitas. Em outras palavras, eles não são devidamente orientados sobre políticas e procedimentos internos.

Como resultado, vemos que se forma uma cultura do “tanto faz”. Cada colaborador realiza as atividades de seu próprio jeito e, sempre que entra alguém novo, o modo de trabalhar é alterado.

Essa cultura é péssima para o negócio, já que a falta de consistência impede que exista controle sobre os resultados e foco em melhoria contínua. Ela também é ruim para a própria equipe, já que transmite a impressão de que a empresa não tem profissionalismo, o que reduz seu valor aos olhos dos colaboradores.

O problema da comunicação pode ser resolvido de várias formas, especialmente em uma pequena empresa, onde a equipe é mais enxuta. Até um grupo de mensagens, usando ferramentas como o WhatsApp, pode facilitar a troca de informações.

Mas, para garantir que a orientação sobre políticas e procedimentos internos seja realmente eficaz, a melhor solução ainda é desenvolver o bom e velho manual. Ele será uma fonte simples e acessível para que seus colaboradores saibam como devem proceder em qualquer situação, e possam padronizar seu modo de trabalhar.

4. Não há investimento no desenvolvimento da equipe

Se a comunicação não é clara, você provavelmente consegue imaginar que outro erro comum da gestão de pessoas em pequenas empresas é a falta de interesse em desenvolver talentos.

O desenvolvimento começa com um cuidadoso processo de integração, logo que o colaborador é contratado. É nesse momento que ele deve ser informado sobre como o negócio funciona e aprender as políticas e procedimentos internos que mencionamos no item anterior.

Porém, não acaba aí! Também é muito importante investir em treinamentos práticos, incentivar a participação da equipe em eventos e realizar processos de avaliação e feedback.

5. Não oferecer os recursos necessários

Investir na qualificação e no treinamento dos colaboradores é muito importante, mas só isso não basta para aumentar sua produtividade e motivação. Afinal, não adianta nada ter conhecimento e não dispor das ferramentas adequadas para aplicá-lo, assim como é inútil desenvolver habilidades e continuar perdendo tempo em tarefas burocráticas ou desnecessárias.

Por isso, é essencial fornecer os melhores recursos à sua equipe, em especial no que diz respeito à tecnologia. Imagine quanto tempo um colaborador teria para focar em ações estratégias se parasse de se ocupar com um processo manual e rudimentar de reembolso de despesas com transporte? Com um aplicativo de táxi corporativo, por exemplo, esse problema é resolvido, pois o cálculo é feito automaticamente. Além disso, os próprios funcionários que têm que se deslocar para reuniões externas ganham em praticidade e agilidade, e não precisam gastar do próprio bolso para pagar o transporte.

Tudo isso impulsiona o profissional para apresentar seu melhor desempenho, o que é ótimo para o negócio. Assim, fortalecemos a motivação e o engajamento da equipe.

6. Não existe avaliação de desempenho

Já mencionamos essa avaliação no item anterior, mas ela é tão importante que merece um destaque.

Como as pequenas empresas têm uma equipe de trabalho enxuta, não existe grande preocupação com a avaliação dos colaboradores. O dono ou gestor tem a falsa impressão de que, por estar próximo de todos, ele não precisa de um procedimento específico para acompanhar seu trabalho.

Nas pequenas empresas, isso está ligado ao fato de que a relação entre gestor e equipe tende a ser informal, algumas vezes beirando a falta de profissionalismo.

Porém, na realidade, a ausência de um procedimento faz com que a avaliação perca em consistência. Por exemplo, não há um registro das situações previamente discutidas com cada colaborador, o que dificulta observar se houve melhoria ou não. Também não há critérios objetivos a fim de determinar se alguém está pronto para uma promoção ou aumento de salário. No final, tudo cai na falta de profissionalismo.

Neste post, apresentamos 6 dos principais erros de gestão de pessoas em pequenas empresas. Reflita se está cometendo algum desses deslizes com a sua equipe, e aproveite nossas dicas para começar a corrigir a situação de imediato. Você verá que toda melhoria nas práticas de RH leva diretamente a resultados mais satisfatórios para o negócio.

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